domingo, 17 de março de 2019

Sistema Educacional na Espanha

Planejar a mudança para outro país nunca é uma tarefa fácil, principalmente, quando você tem filhos. Uma das maiores preocupações entre os que escolhem a Espanha para recomeçar a vida, gira em torno de como funciona o Sistema Educacional do país e como seus filhos podem ingressar nos colégios ou universidades espanholas.

A escolarização na Espanha é financiada pelo estado e existem três tipos de escolas: 
  • As públicas 100% financiadas pelo governo (que são maioria no país);
  • As particulares 100% financiadas pelos pais;
  • As “concertadas” instituições financiadas 50% pelo governo e 50% pelos pais.

O currículo acadêmico esta dividido por etapas no sistema educacional da Espanha, e o horário geralmente é integral, com inicio às 9h00 da manhã e término às 16h30. As escolas também oferecem almoço (a critério do aluno), que pode ou não permanecer nesse horário na escola.

Além de atividades extra-curriculares como dança, esportes e inglês. Algumas escolas oferecem transporte escolar e prolongamento do horário.

Como é o Sistema Educacional na Espanha:

Educação Infantil
A etapa pré-escolar dividi-se em duas partes: a primeira vai dos 0 aos 3 anos de idade e a segunda dos 3 aos 6 anos. Apenas a segunda é financiada pelo estado e realizada em colégios públicos. A primeira parte é feita em creches (conhecidas como guarderias) que podem custar caro.

Entretanto, aos pais que não tiverem condições financeiras de pagar por ela, o governo espanhol oferece programas de bolsas.

Educação para crianças de até 6 anos
A primeira fase conhecida como ‘Educação Infantil’ não é obrigatória por lei na Espanha. 

Mas é a opção que a maior parte das famílias faz, por vários motivos:  interação da criança com o idioma (no caso de filhos de estrangeiros); socialização com outras crianças; desenvolvimento da coordenação física, motora, intelectual e habilidades de autonomia; para iniciar o processo de aprendizado de escrita e leitura, ou muitas vezes porque é a única opção aos pais que trabalham fora.

A educação para as crianças de até 6 anos é dividida em duas etapas:

Primeira etapa: de 0 a 3 anos
Nesta fase, podemos encontrar creches privadas e pouquíssimas públicas, onde a concorrência é muito grande. Em relação às creches privadas, ou guarderías como são conhecidas, existem muitas opções.

A diferença entre as guarderías vai desde os horários, que são bem flexíveis, podendo ser somente de três horas até onze horas ao dia; ao idioma, pois é comum encontrar guarderías que falem inglês ou espanhol. Em relação ao preço, não tem muita diferença entre ela.

Segunda etapa: de 3 a 6 anos
Para este ciclo encontramos três opções: as escolas públicas; as escolas "concertadas" e as escolas particulares.
Nessa etapa, as crianças já passam a frequentar a escola em horário integral,  cumprindo uma jornada diária de oito horas. 

As crianças podem almoçar na escola ou em casa, ficando a critério dos pais. Caso façam a opção pelo almoço na escola, deverá ser paga uma taxa extra, independente da escola ser pública, concertada ou privada. Caso a opção seja pela refeição em casa, a criança terá duas horas para ir para casa e voltar à instituição.

O processo de inscrição escolar 
Para ter acesso à educação infantil é preciso apresentar alguns documentos como parte das exigências estabelecidas pelo governo espanhol:
  • Certidão de nascimento (ou livro da família)
  • Passaporte (da criança e dos pais)
  • Empadronamiento (registro de moradia feito nas subprefeituras, conhecidas como ‘Ayuntamiento’) 
  • Certificado médico (atestado médico e carteirinha de vacinas )
  • Cópia do cartão de saúde (Tarjeta Sanitária) 

Para o início do segundo ciclo deve-se participar de um evento conhecido como “portas abertas”. O evento consiste na apresentação das escolas, onde se reunirão professores e diretores para explicarem o funcionamento, quais os valores e o método de ensino seguido pela instituição, além do número de vagas. No caso de interesse, os pais devem fazer a aplicação da vaga e aguardar a lista com o nome dos selecionados. A seleção leva em conta fatores como se o aluno mora na região da escola e/ou  tem irmãos mais velhos estudando na mesma, entre outros requisitos para que se alcance a pontuação desejada.


Educação Primária
A partir dos seis anos (06) de idade inicia-se a escolarização obrigatória na Espanha que vai até os doze. O curriculum acadêmico é dividido em três fases com duração total de seis anos.

Além da leitura, escrita e matemática, os alunos aprenderão outras disciplinas, como: música, estudos sociais, língua estrangeira e idioma oficial do estado em que vivem.

Educação Secundária Obrigatória
Quando o aluno termina a educação primária ele segue para a outra etapa que também é obrigatória. Geralmente, os alunos iniciam aos 12 anos de idade e finalizam aos 16. Essa parte do sistema educacional na Espanha se divide em duas partes e cada uma tem a duração de dois anos.

Ao concluir a ESO (Educación Secundária Obligatória), o aluno poderá escolher entre três caminhos:

  1. Dar por terminada sua formação escolar.
  2. Bachillerato: Esse seria comparado ao nosso ensino médio no Brasil. Ou seja, estudos prévios para entrar na Universidade, porém na Espanha ele não é obrigatório. Quando finaliza esta etapa, o aluno recebe um diploma e poderá ingressar em uma Formação Profissional financiada pelo estado ou ingressar na Universidade através do vestibular espanhol ( aqui conhecido como Selectividad).
  3. Formação Profissional: Como o próprio nome ja diz, são estudos focados em uma profissão com a intenção de preparar o aluno para o mercado de trabalho. Aos alunos que terminem a ESO, apenas podem ingressar em cursos de nível médio, como por exemplo, técnicos de enfermagem. No entanto, existem também as formações de nível superior (com duração de dois anos), que permitem o ingresso de alunos que terminaram o “bachillerato“.


Universidade na Espanha
A Espanha conta com várias Universidades de prestigio e reconhecidas mundialmente. Para ingressar em algum curso universitário é preciso aprovar um exame chamado “Selectivadad“, parecido ao vestibular realizado no Brasil.

Existem outras formas de ingresso, como transferências acadêmicas ou através da formação profissional de nível superior.

A maioria das Universidades são públicas, no entanto, é preciso pagar taxas, matrículas e as disciplinas a serem cursadas. O preço anual gira em torno de trezentos à dois mil euros, dependendo do curso e da Universidade.

As Melhores Universidades da Espanha:
Estudar nas melhores Universidades da Espanha sempre foi o sonho de muitos brasileiros e uma das principais razões certamente é a qualidade do ensino superior do país que conta com uma das instituições mais antigas do mundo e outras tantas com séculos de história, consagrando a Espanha em um dos destinos preferidos de universitários de todo o mundo.

As melhores Universidades espanholas
Segundo o ultimo dado divulgado para o ano 2016 e 2017 pela QS World University Rankings, as melhores Universidades da Espanha são:

Universidade de Barcelona
È a principal instituição pública da região de Catalunha e foi fundada em 1450, atualmente disponibiliza mais de setenta cursos de graduação, trezentos e trinta em nível de pós-graduação e quarenta e cinco doutorados, além das várias linhas de pesquisas se tornando uma das Universidades da Espanha mais conceituada.
Site oficial: www.ub.edu

Universidade Autônoma de Barcelona
Apesar de ter sua fundação recente, em 1968, é uma universidade pública com grande prestigio no país. Neste momento conta com oitenta e sete opções de cursos de graduação, mais de trezentas formações de mestrados, além de pós-graduações e cursos de especializações. É uma das Universidades da Espanha que mais recebe alunos estrangeiros.
Site oficial: www.uab.cat

Universidade Autônoma de Madrid
Também com sua formação no ano de 1968, a Universidade pública mais importante de Madri dispõe de quarenta e quatro cursos de graduação, mais de cem em nível de pós-graduação e mestrado, e vinte e quatro doutorados. Possui várias linhas de investigações, além disso, foi pioneira em trabalhos de ação solidária e cooperação.
Site oficial: www.uam.es

Universidade Complutense de Madrid
Foi fundada em 1499 e desde então vem crescendo como Instituição, e hoje conta com mais de oitenta cursos de graduação, mais de duzentos em nível de mestrado e pós-graduação e quarenta e cinco doutorados.
Dentre os milhares de alunos que passaram pela Universidade, algumas premiações chamam a atenção: Sete prêmios Nobel, dezoito prêmios Príncipe de Asturias e sete prêmios Miguel de Cervantes.
Site oficial: www.ucm.es

Universidade de Navarra
Tem sua fundação recente, em 1952, mas vem deixando muitos frutos desde então. Hoje em dia já disponibiliza mais de setenta cursos de graduação, quarenta e três de pós-graduação e vinte e quatro doutorados. E foi classificada como uma das melhores Universidades da Espanha para estudar.
Site oficial: www.unav.edu
Quase todas as Universidades da Espanha oferecem a opção de dupla graduação, ou seja, estudar duas formações acadêmicas ao mesmo tempo, desde que sejam da mesma área de atuação.

Outras Universidades da Espanha que se destacam com bom rendimento segundo o ranking QS são:

  • Universidade Carlos III de Madrid
  • Universidade Pompeu Fabra
  • Universidade Politécnica de Catalunha
  • Universidade Politécnica de Valência
  • Universidade de Zaragoza
  • Universidade de Salamanca 


Para quem já tem diploma universitário:
Para quem já tem diploma, a opção é validar o seu diploma brasileiro na Espanha, além da possibilidade de fazer outros cursos, como pós graduação ou mestrado.

Validar diploma brasileiro na Espanha:

Segundo as últimas pesquisas realizadas sobre o perfil dos brasileiros que pretendem viver uma temporada ou recomeçar a vida na Espanha, um dado importante é apresentado: A maioria possui estudos superiores terminados ou iniciados. 

Porém, será que o diploma brasileiro é aceito no Espanha?
A Espanha, através do seu órgão oficial de educação (Ministério de Educación) aceita estudos realizados no Brasil, sejam eles superiores ou não, desde que estejam aptos após passar pelo processo de convalidação e homologação no país.

Para isso, é imprescindível seguir à risca os requisitos exigidos e verificar se na Espanha o seu titulo universitário permite, por exemplo, atuar profissionalmente em condição igualitária com os espanhóis.

Você pode validar o diploma brasileiro na Espanha durante o ano inteiro e entre os requisitos é imprescindível reunir alguns documentos.
Documentos para validar diploma brasileiro na Espanha:
  • O pagamento de uma taxa no valor de 160 € (euros) que poderá ser emitida diretamente na página oficial do Ministério de Educação Espanhol;
  • Formulário de inscrição Oficial, devidamente, preenchido que está disponível para download também no site do Ministério de Educação;
  • Fotocopia Autenticada do seu RG e Passaporte;
  • Fotocopia Autenticada da grade curricular em que conste o plano de estudo, total de carga horária do ano letivo e das matérias cursadas, a carga horária integral que tem o curso e por ultimo e não menos importante, o seu diploma devidamente assinado pelo responsável (Ex: secretário, reitor, etc);
  • pós reunir toda essa documentação é preciso legalizar cada uma delas. Felizmente, Brasil e Espanha firmaram um acordo conhecido como “Convenção da Apostila de Haia” que facilita e desburocratiza o reconhecimento de documentos brasileiros no país e vice-versa. Basta levar diretamente ao cartório e pedir para que toda a papelada seja apostilada;
  • Feito o procedimento acima, o próximo passo é traduzir e isso só poderá ser feito por um tradutor juramentado, ou seja, oficial.


Com os requisitos reunidos o processo de homologação finalmente poderá ser aberto, no próprio Ministério de Educação ou nos registros autorizados pelo governo espanhol nas comunidades autônomas do país.

Quanto tempo demora para validar diploma brasileiro na Espanha:
O tempo previsto para uma resposta é de 6 meses a partir da data de entrega da solicitação. Você será comunicado com um parecer de: titulação apresentada aprovada, negada ou orientada para homologação concedida. Quando acontece a última opção, são obrigatórios estudos complementares em uma das universidades públicas espanholas, e depois de concluídos, reiniciar o processo de homologação.

Para os graduados em Medicina, o Ministério de Educação Espanhol dispensa os programas formativos desde que sua universidade conste na seguinte lista de universidades aceitas: UFRJ e UFP.

Se a sua titulação tiver um parecer favorável, poderá retirar a Credencial (sua documentação homologada) pessoalmente ou através de um responsável que possua uma procuração.

A retirada poderá ser feita em Madrid, no órgão responsável (Subdirección General de Títulos y Reconocimientos de Cualificaciones) ou em outras entidades responsáveis nas Comunidades Autônomas, bem como na Embaixada da Espanha, desde que você faça uma solicitação por escrito.


Sistema de Saúde Pública na Espanha


Sistema de Saúde Pública na Espanha

Seguridade Social e entrada na Tarjeta Sanitária (saúde pública)

Segundo o último ranking anual divulgado pela Bloomberg, o sistema de saúde espanhol é considerado um dos mais eficiente da Europa e o terceiro do mundo, ficando atrás apenas de Hong Kong e Singapura.

Quem utilizar o sistema público de saúde na Espanha provavelmente notará que existe uma diferença enorme quando comparado ao SUS (sistema único de saúde) brasileiro.

A Espanha conta com inúmeros centros de saúde, hospitais de referência e profissionais bem formados. E ainda que, nos últimos anos o sistema público tenha sofrido com a crise econômica, a maior parte da população segue utilizando, não o trocou pelo sistema privado e ele sempre aparece entre os melhores do mundo.


Como funciona sistema público de saúde na Espanha?

A saúde pública espanhola é financiada pelo estado por meio dos impostos arrecadados e a sua administração fica por conta das comunidades autônomas (estados da Espanha) que são responsáveis pelos postos de saúde, ambulatórios e hospitais.

Assim como no Brasil, a Espanha conta com assistência primária e especializada, sendo a primeira delas realizadas em postos de saúde e a segunda em hospitais.

Os atendimentos realizados em postos de saúde são para casos mais simples, como consultas rotineiras, acompanhamento do pré-natal, vacinas, exames de sangue, etc.
Normalmente o quadro de funcionários é formado por médicos de família (medicina geral), enfermeiros e algum especialista (como pediatra). 

E, caso seja necessário, é daí que sai o encaminhamento para especialistas e/ou exames a serem realizados em hospitais.


Como ter acesso ao sistema público de saúde na Espanha?

Para ter acesso ao sistema público de saúde na Espanha é preciso primeiramente obter o cartão de saúde do país, aqui conhecido como “tarjeta sanitária”, e como em qualquer procedimento burocrático, é necessário cumprir com os requisitos exigidos e apresentar a documentação necessária para obter o número do Seguridad Social espanhola (tipo INSS).

Quem pode usar o Sistema Público de Saúde na Espanha:
Todo cidadão espanhol,
Membro dos países da comunidade européia,
Estrangeiros que estejam legalizados,
Jovem até 18 anos, ainda que esteja em situação irregular,
Mulheres grávidas em estado de parto e pós parto, mesmo que estejam em estado ilegal,
E Filhos e cônjuge que residam na Espanha;
Imigrantes que estejam em situação irregular, só poderão usar o Sistema Público de Saúde na Espanha, em caso de emergência ou doenças graves. 

Porém, a última normativa aplicada pelo atual governo espanhol decidiu abrir novamente o direito a saúde universal na Espanha. E isso significa que basicamente todo mundo  poderá ter assistência médica no país, mesmo estando em situação irregular.

Neste último caso, a equipe de trabalhadores sociais de cada cidade avaliará cada caso e concederá ou não o acesso a “tarjeta sanitária”.


Como fazer a tarjeta sanitária ? 

Para ter acesso ao Sistema Público de Saúde na Espanha, primeiro você tem que solicitar o cartão da saúde. Será por meio dele (la tarjeta sanitária) que conseguirá marcar as consultas e fazer exames.

Para fazer o cartão de saúde no caso de nacionais ou estrangeiros legalizados na Espanha é preciso primeiramente obter o número fornecido pela Seguridad social da sua cidade mediante a documentação exigida e apresentada.

Para solicitar o cartão, você deverá levar o seu documento, DNI ou NIE, o seu número da seguridade social e o enpadronamiento (registro da prefeitura).

Em aproximadamente 2 semanas receberá o cartão de saúde em sua casa. Caso precise de um médico, antes de receber o cartão, poderá usar, basta apresentar o resguardo ( que lhe será entregue.

No caso de familiar de comunitário,  terá que levar o empadronamiento, libro de família e o NIE. Com isso preencher um formulário e será  dado o número cadastrado para realizar o cartão de saúde.

Posteriormente deverá se dirigir até o centro de saúde mais próximo da sua residência e no mesmo momento receberá a tarjeta sanitária. 

Vale lembrar que cada região da Espanha possui a autonomia de exigir mais ou menos documentos.

No caso de imigrantes ilegais o procedimento é feito diretamente no posto de saúde, pois é necessário passar primeiramente pela trabalhadora social.

Como é a tarjeta sanitária ?

Cartão da Saúde de Madrid

O cartão de saúde espanhol é de uso pessoal e intransferível, além disso, no caso de mudança para outra região do país é necessário atualiza-lo para poder marcar consultas e obter descontos nos medicamentos.

Na parte da frente consta dados pessoais básicos como nome, número de DNI ou NIE, data de emissão ,validade e seu número de assistência nacional de saúde.

Tecnologia a favor da saúde pública espanhola:
Com a tarjeta sanitária toda consulta, resultado de exames e procedimentos realizados ficam registrado no sistema, sendo possível acessa-los para conhecer o histórico de saúde do paciente.

O agendamento em boa parte da Espanha pode ser realizado  presencialmente,  por telefone e pela internet, evitando filas desnecessárias.

A modernização das instalações de centros e hospitais é visível em praticamente todo território nacional e a maioria deles oferece quartos individuais e bem equipados em casos de internações.

O que precisa melhorar ?
Ainda que a saúde pública espanhola seja considerada uma das melhores, não podemos deixar de frisar que existe muita coisa por fazer, principalmente, em relação a médicos especialistas, pois a demora para cirurgias complexas é uma das maiores causas de reclamações atuais.

Ainda que o Sistema Público de Saúde na Espanha funcione bem, algumas pessoas preferem pagar paralelo um plano particular. 

Isso porque em caso de uma internação, o paciente consegue ficar em um quarto sozinho e o acompanhante recebe mais conforto para passar as noites no hospital.

Consultas e especialidades
Para consultas simples, basta marcar pelo telefone ou se dirigir pessoalmente ao Posto de Saúde onde esteja registrado na prefeitura (empadronado). Você terá uma equipe médica que serão os que lhe atenderão.

Bastante diferente do Brasil, você não precisa em hipótese alguma madrugar na fila do postinho para conseguir uma mera consulta. Eles ficam abertos das 8:00 ás 21:00 de Segunda à Sexta-Feira, podendo marcar a qualquer horário de funcionamento.

Dificilmente encontrará longas filas para marcar uma consulta, praticamente é só chegar e já será atendido.

As consultas saem no mesmo dia se quiser. Isso porque são mais de 20 médicos que atendem durante todo o dia. Sempre tem vagas disponíveis. Se o seu médico não puder lhe atender, eles lhe encaminharão para outro médico.
Mas se você estiver passando mal, será atendido na hora.

Para consultar-se com um especialista, primeiro você terá que passar pelo médico da família. Ele irá avaliar o seu caso e poderá lhe enviar para consultar com um especialista. Essas consultas podem levar de 30 à 60 dias para sair, dependendo da área solicitada, às vezes menos.
Caso passe mal à noite, fim de semana e feriado, ou se o seu caso for muito grave, poderá ir diretamente ao hospital mais próximo da sua casa.

Áreas médicas não incluídas na Saúde Pública:
Para quem precisar de um Odontologista e um Oftalmologista, terá que buscar no Sistema Privado de Saúde.

No Sistema Público de Saúde na Espanha essas duas áreas não são ofertadas pelo governo.

Infelizmente tenho que dizer a você, a área da Odontologia é ruim e cara. Quando precisar de um dentista, busque por brasileiros ou pague um plano de saúde particular, que inclua atendimento odontológico.

Planos de saúde na Espanha:
Na Espanha, apesar da boa oferta de saúde pública, a presença da rede privada é muito forte.

São três os modelos mais comuns de planos de saúde:
rede credenciada sem coparticipação;
rede credenciada com coparticipação. Nesse caso a mensalidade é mais baixa, mas você contribui com consultas e exames até um teto estabelecido;
rede credenciada e particular. Nesse caso deve pedir reembolso das consultas e exames particulares até um limite estipulado. É a opção mais cara.

Plano de saúde na Espanha, dez vezes mais barato que no Brasil:

Um plano Plena-Plus, um top de linha como chamamos aqui no Brasil, paga € 178 (cento e setenta e oito euros) por mês, o equivalente a R$ 769,41 ao câmbio de 4,32 (apesar de  não gostar de converter, fiz para fins de comparação para aqueles que gostam. Por esse valor, um homem de 61 anos de idade, por exemplo,  garantiria cobertura para ele, a esposa e a filha. Aqui no Brasil, o mesmo plano com a mesma cobertura fica na faixa de R$ 6 mil. Para um plano individual, o preço normal de um plano com essa cobertura é de € 60 (sessenta euros) – R$ 259,35 – para pessoas abaixo de 60 anos, e de € 80 (oitenta euros) – R$ 345,80 – para quem já passou dessa idade. 

Como já foi dito, ainda que a Constituição Espanhola respalde o direto à saúde pública universal, é necessário realizar alguns tramites para acessar ao sistema. 
O primeiro deles é obter um registro na Seguridade Social do país, através de um formulário e apresentando simultaneamente o documento de identificação (“tarjeta de residência, por exemplo).
Isso deverá ser feito por todos os empregados ou trabalhadores por conta própria. Na Espanha esse procedimento é conhecido como “darse de alta en la Seguridad Social”.

Após obter o número de Seguridade Social, o próximo passo é ir ao centro de saúde mais perto do seu domicilio para fazer o cartão de saúde (conhecido como Tarjeta Sanitária) que é feita e entregue no mesmo momento ou passado alguns dias diretamente na sua residência. Também é possível estender o beneficio para os filhos e cônjuge, nesse caso é imprescindível completar um formulário para cada pessoa e entregar no centro autorizado da Seguridade Social.

Para agendar uma consulta basta apresentar a “tarjeta sanitária” em um centro de saúde ou através dos sites disponíveis na maioria das cidades, evitando filas e perda de tempo. Ok?

"Darse de Alta en la Seguridad Social".


sexta-feira, 15 de março de 2019

Mudando de país: Um passo de cada vez


Morar na Espanha era um desejo acalentado de tempos em tempos, planejado de tempos em tempos, um projeto de vida, mas longe de ser concretizado. Eu tenho dupla cidadania, brasileira e italiana e eu já havia feito uma viagem para a Europa, mais especificamente para Madrid, na Espanha há 9 anos atrás. Aprender espanhol, fazer um curso da língua na própria terra do idioma, fazer amizade com desconhecidos, passear e conhecer os costumes do país,  já pensando em mudar, um dia. Fui para ficar hospedada no apartamento do meu primo que, na época, morava lá. Apesar de ja ser "casada", fui sozinha. Foi um sonho realizado!

Porém,  logo que voltei, tinha ainda um semestre da universidade para terminar, logo depois veio a crise, fiquei apreensiva, pensei que talvez não fosse a hora certa para isso.

O tempo passou, veio profissão, muito trabalho, apartamento próprio, de repente um filho, algum tempo depois a separação; muitos problemas..

"Casei" de novo (outra união estável), veio outro filho, outro menino; mas o sonho de mudar de país , ir embora atrás de uma vida que tenha mais a ver comigo, continuava rondando a minha mente.
Mas, daí a largar tudo e cair no mundo com dois filhos pequenos e dois cachorros era uma situação totalmente diferente. 

Porém, a crise absurda no Brasil, as dificuldades, o custo de vida, a falta de qualidade de vida; a violência e a falta total de segurança, a falta de uma saúde gratuita descente e a necessidade de pagar por planos de saúde custosos e a total falta de educação gratuita de qualidade, juntamente aos preços exorbitantes de uma educação privada , alida a falta de transportes públicos de qualidade e a chegada do novo filho fez da decisão de partir e “morar fora” uma espécie de necessidade absoluta e urgente.

Pois, não importa o quanto eu trabalhe, nem o que eu faça, no Rio de Janeiro, em um bairro de classe média, com dois filhos na escola particular, condomínio,  plano de saúde, + as contas nossas de cada dia e a alimentação (ah como a comida no Brasil é cara!); além de todos os outros gastos.. 
Enfim, não importa o que eu faça, eu não consigo sustentar tudo isso sozinha, nem mesmo com a ajuda dos meus pais e do meu atual companheiro, não é possível pagar tudo e ainda sobrar para viajar, passear ou comprar outras coisas.. O gasto é muito alto e não sobra dinheiro para nada, muito menos para guardar. E o meu ex não paga pensão para o meu filho mais velho!

Então,  a decisão foi tomada, de forma definitiva. Mas, agora é que vinham os problemas!! Ai que dor de cabeça!

Eu imagino o que você está pensando, porque me faço, esses mesmos questionamentos todos os dias. O tempo todo. Afinal, qual a dificuldade em se mudar para um país desenvolvido com uma das maiores qualidades de vida do mundo, onde educação e saúde são de graça para as crianças, onde você vê seu imposto sendo aplicado num sistema de transporte e infraestrutura eficientes, além de ter segurança e liberdade em uma sociedade com consciência política e cidadã?

Bom, a verdade é que eu tenho 39 anos e dois filhos, um de 6 que ainda está aprendendo a escrever e um de 1 ano e 3 meses que ainda está aprendendo a falar. De uma vez só eles perderiam a convivência rotineira com os avós, deixariam para trás o ambiente onde se sentiam seguros e confortáveis, onde, dominavam os espaços, as relações e a língua. 

A questão é que as grandes decisões são sempre desafiadoras. E tomá-las pelo outro acrescenta uma responsabilidade gigantesca e assustadora. Mas é isso que os pais, fazem: avaliam e decidem o que consideram ser o propício, o possível, o melhor, o certo para a vida de seus filhos. É nosso papel e sempre será. 

E seria sim, melhor para eles. Eles cresceriam bilíngües, com uma educação melhor, de qualidade, com oportunidades melhores, horizontes mais abertos, com mais segurança, com saúde gratuita de qualidade, com uma melhor infraestrutura, mais acesso as coisas e maior tranquilidade; portanto,  com muito mais qualidade de vida. Será difícil, eu sei. Será trabalhoso, custoso e até doloroso em alguns momentos. Mas valerá a pena!

O problema é que, mudar de país, nunca é fácil,  principalmente com uma família grande - dois filhos e dois cachorros - é mais complicado ainda. São muitas coisas para pensar, planejar, organizar e fazer. Muitas providências,  muitas escolhas. Muita resolução de problemas!

Por essa razão,  este blog que, inicialmente havia sido criado com outro propósito e que nunca havia sido levado adiante, agora se tornará um diário, um testemunho, um passo  passo, um check list, uma planilha, um rascunho de planejamento e uma ajuda também,  porque não? Uma ajuda, quem sabe um guia para todos aqueles que estejam vivenciando a mesma situação, para todos que tenham as mesmas dúvidas e o mesmo caminho a trilhar. Nos vemos do lado de lá! 

Mas, um passo de cada vez..



quinta-feira, 14 de março de 2019

Porque Madrid?

Sei que muitas pessoas irão perguntar: Mas porque Madrid? Porque não Barcelona que tem praias? Faria mais sentido para alguém saindo do Rio de janeiro. Ou então,  porque não Valencia? Sevilla? Granada? Bilbao? Enfim, são tantas as opções dentro da Espanha..




A escolha é pessoal de cada um. Para mim é muito simples: Eu Amo Madrid! Desde que estive lá, me apaixonei perdidamente. É a minha cidade preferida no mundo.

Madrid é uma Capital cosmopolita, charmosa, histórica,  moderna, agitada e calma ao mesmo tempo; reduto cultural da Espanha, organizada e eficiente; animada e alegre, festeira, gourmet,  reduto da boa gastronomia espanhola, viva, excitante e ao mesmo tempo tranquila; baladeira e esportista; Bohemia e Saudável... Ah Madrid...


Uma cidade com o maior número per capita de bares e restaurantes da Europa. São mais de 17 mil. O restaurante mais antigo do mundo fica lá, o Sobrino de Botin, inaugurado em 1.725.


São 89 museus. Madrid pode se gabar de ter alguns dos museus mais importantes do mundo: Museo del Prado, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza. Estes três formam o triângulo da Arte.  


Madrid também conta com muitos parques de área verde para passear, fazer exercícios, fazer piqueniques, passear com os cahorros, levar os filhos ao parquinho e andar de bicicleta. 

A Casa de Campo, o Parque del Retiro e Madrid Río são os parques da cidade mais conhecidos, mas praticamente todos os bairros contam com uma zona verde destacada e atraente quando se trata de descansar do asfalto. Em Madrid encontrará sempre um recanto verde para passear, descansar ou praticar esportes. Escolha o seu parque preferido!





Madrid tem o 2º maior mercado de peixe do mundo, a 2ª maior praça de touros do mundo e celebra a 2ª maior Gay Pride do mundo.

O Metro de Madrid tem mais de 570 milhões de viajantes por ano, o equivalente à população mundial do século XVII. Além disso tem uma extensão de 294km. Se fosse em linha reta, chegaria até Córdoba. E existem 300 estações de Metro!


A cidade conta com 15600 táxis (sem contar com Uber e Cabify).

O serviço de bicicletas BiciMAD tem 1560 bicicletas e 160 estações de carregamento disponíveis por toda a cidade.



O sistema público de bicicleta da cidade é chamado de BiciMad e conta com mais de 160 estações espalhadas pela cidade, a maioria delas no centro. Muita gente que aluga as bicicletas é turista, mas os madrileños também aderiram às bicis como meio de transporte porque são mais baratas para quem tem o cartão de transporte.

Como funciona na prática?
Simples! Você tem que ir até uma estação, onde haverá um totem e várias bicicletas fixadas. Ao chegar no totem, você pode escolher o tipo de cartão (tarjeta) que você quer, sendo que para turistas as opções são as de 1, 3  ou 5 dias.



Se você escolher a de um dia, por exemplo, você pode retirar uma bicicleta quantas vezes quiser em um único dia. Os preços são os mesmos independente do número de dias, mas a vantagem que te dá escolher mais dias é que no segundo dia (e posteriores) você não terá que incluir os seus dados novamente, já que quando você faz o cadastro o totem emite um cartão (gratuito) que você pode utilizar pelo número de dias que escolheu.
Bom, depois de escolher o número de dias, você vai ter que preencher na tela um cadastro com seus dados.

Vale a pena?
O sistema de bicicleta pública de Madrid foi criado com o intuito de substituir o uso de outros meios de transporte poluentes por esse que é limpo. Seu uso é focado nos moradores da cidade e não tanto nos turistas, por isso as tarifas são bem diferentes para quem reside na cidade e compra um abono anual.



Preço para abono anual
Se você mora em Madrid e acha que vai usar a Bicimad com frequência, faça o abono anual. Você pagará 25 euros por ano (ou 15 se tiver abono de transporte público), mas as tarifas de uso são mais baixas: 0,50 pela primeira meia-hora, 0,60 pelas seguintes frações de meia-hora até chegar a 2 horas. Depois, também há penalização de 4 euros por cada hora excedida.

O único problema é que não é possível comprar o abono anual diretamente no totem. Você deve comprar por internet (no site ou usando o app) e depois ir até o totem retirar o cartão.


Diferencial da Bicimad
O principal destaque da Bicimad é que as bicicletas são elétricas, mas o uso do sistema é opcional. Elas são um pouco mais pesadas que as normais, mas isso se compensa com o próprio sistema, que é bem eficiente. Na verdade, você tem que tomar cuidado, porque ela pode ir bem rápido com o sistema ligado. Para ligar é só apertar o “on” e depois ir clicando no “mode” para ajustar o nível que você quer. Recomendo começar no mais leve para você se adaptar.
 

A EMT, Empresa Municipal de Transportes de Madrid, tem 1907 autocarros a operar em 203 linhas.



Madrid tem 2710 horas de sol ao ano. Um dos atrativos de Madri é seu clima, com muito sol e sem muitas precipitações. O clima de Madri é continental, com estações bem marcadas e grandes diferenças de temperatura entre o inverno (nos dias mais frios do inverno pode até nevar) e o verão (quando as temperaturas podem encostar nos 40 graus nos dias mais quentes).

Car sharing em Madrid: 
Para quem está em Madrid e não tem carro, o car sharing é um ótima alternativa de transporte. Este tipo de serviço é uma opção prática e barata para quem mora nos grandes centros.
Com o car sharing, você pode compartilhar um carro, usando-o desde alguns minutos, horas e até por alguns dias, com muita comodidade.

Todos os carros estão equipados com GPS e é possível até selecionar um carro com cadeira para crianças.O carsharing é uma alternativa de locomoção que vem se popularizando muito na cidade e que consiste no aluguel de um veículo por minutos.

O processo de aluguel de um carro elétrico é bem simples. O cliente localiza um veículo por meio de um aplicativo instalado no smartphone. O carro elétrico mais próximo é avisado e o locador pode desbloquear a porta do veículo mediante o pagamento com um cartão de crédito. Ao devolver o automóvel, será cobrado um valor por minuto utilizado.

Atualmente há quatro empresas de carsharing em Madrid: car2go, emov, zity, e wible. O primeiro passo para quem planeja usar os serviços de uma delas é efetuar o cadastro no site ou através do app de cada um deles. Para se cadastrar, você precisa incluir seus dados pessoais e bancários, além de enviar sua carteira de motorista escaneada.

Alguns deles têm taxa de inscrição. Por exemplo, para se cadastrar atualmente no emov e car2go, a taxa é de 9€.

Depois que a empresa liberar seu cadastro (algo que pode demorar alguns dias), você precisa baixar o correspondente aplicativo e aí já pode começar a usar. Como? Simples! Basta abrir o app e procurar o carro mais perto de você. Com o próprio app, você abre o carro e dentro do veículo estará a chave para começar a rodar.

Posso deixar o carro em qualquer lugar?
Não! Cada empresa de carsharing tem sua área de cobertura, sendo que a maioria delas inclui toda a área que está dentro da M30 (via expressa que circula toda a cidade), mas há outras, como o Zity, que inclui bairros fora da M30 e também o aeroporto. O veículo tem um sistema de GPS integrado que te avisa quando você sai da área cobertura. Quando terminar o uso, basta usar o próprio app para fechar o veículo.

Os veículos são iguais?
Cada marca trabalha com um modelo de veículo. Por exemplo, a frota do car2go é de Mercedes Smart (para duas e agora também para quatro pessoas), enquanto o Zity trabalha com o Reanult Zoe de 5 lugares.

Car2go para duas pessoas

Quanto vou pagar?
Cada empresa tem sua tarifa e algumas delas já trabalham com aluguel diário ou então com “pacotes de crédito”, ou seja, você paga antecipadamente e ele vai descontando seus créditos de acordo com o uso. Mas o mais comum é usar e pagar por minuto após o uso. Você não precisa fazer nada, já que a própria empresa te enviará uma notificação informando o valor do aluguel e irá debitá-lo da sua conta.
As taxas por minuto variam entre 0,19€ e 0,26€ de uma empresa a outra.

Vantagens x desvantagens
A principal vantagem é o custo-benefício. Obviamente é mais caro que o transporte público, mas é bem mais barato que o táxi.
Melhor do que ter um só serviço, é ser usuário de vários, assim quando você não encontrar um carro de uma empresa disponível, você pode recorrer a outra.
Esse é um serviço disponível 24 horas, então sempre quebra um galho à noite, quando o metrô já parou de funcionar.
Como desvantagem, citaria o fato de que às vezes é difícil encontrar onde estacionar no centro e aí o plano acaba dando errado porque como a cobrança é feita por minuto, você acaba gastando quase mais em procurar um lugar para estacionar do que no trajeto em si.

A Comunidade de Madrid conta com 6,4 milhões de habitantes, dos quais 3 milhões vivem na cidade de Madrid, o que faz dela a terceira maior capital europeia. Está dividida em 21 distritos e 128 bairros.



A parte turística da cidade concentra-se, principalmente, em dois dos distritos: 

O Centro e o Retiro.
Os mapas turísticos de Madrid mostram o distrito Centro praticamente na sua totalidade, partes dos distritos Retiro e Salamanca, e apenas as partes fronteiriças dos distritos Arganzuela, onde fica a Estación de Atocha, e Moncloa-Aravaca, onde se encontram a Plaza de España e o Templo de Debod.
Das atrações turísticas da cidade, as únicas que não se encontram em nenhum dos distritos mencionados acima são o Estádio Santiago Bernabéu, que situa-se no distrito de Chamartín, e o Museo Sorolla, que fica no distrito de Chamberí.

A parte central da cidade está subdivida em bairros. A Puerta del Sol é a região mais central de Madri, com muitas opções de compras, restaurantes e muito movimento durante todo o dia, assim como a região de Huertas e da Gran Vía, que rodeia uma das principais avenidas da cidade. La Latina é a região mais antiga da cidade e o bairro de Salamanca é a região mais chique da cidade, refúgio dos ricos e famosos. Malasaña é o reduto dos jovens e oferece um ambiente alternativo e rebelde e sua vizinha Chueca é o bairro gay de Madri.

Vantagens de Madrid: 
Como já disse, Madrid tem uma quantidade enorme de Bares, Restaurantes e Boates; para todos os gostos e bolsos e em todos os lugares. Também é repleta de Museus, Galerias,  Cinemas, Teatros e Casas de Shows.



Conta também com uma infinidade de shoppings e lojas de tudo e para tudo.



Além de contar com inúmeros parques para a prática de esportes ao ar livre, bem como bicicletas, pedalinhos, caiaques, patinetes, patins, skates, além de proporcionar agradáveis passeios e piqueniques. Muitos parques também têm, muitas vezes, uma área denominada para cachorros.

Como se não bastasse tudo isso, ainda tem:
3 zoológicos de tipos diferentes, 1 aquário, 2 parques de diversões, 2 parques aquáticos, 1 museu infantil (Ratón), Túnel de Vento, vôo de balão, ski indoor (um dos maiores do mundo), kart indoor e outdoor (um dos maiores da Europa); Micropolix (mini cidade gigantesca pra crianças; inúmeros parquinhos (outdoor e indoor); além de coisas mais comuns como patinação no gelo, pista de skate, boliche, teleférico  e planetário.




Então não só para nós (adultos), mas para as crianças também,  nunca faltará o que fazer. É o lugar "ideal", até para os cachorros. Isso, claro, NA MINHA OPINIÃO E PARA A MINHA FAMÍLIA.

Siesta:
A siesta faz parte da cultura e da rotina do madrilenho, só que não é exatamente como se imagina no Brasil. Boa parte do comércio fecha, entre 14h e 17h, para um descanso (alguns dormem, outros não – diferente do interior, onde dormir é quase regra). A vantagem é que os estabelecimentos funcionam até mais tarde no fim do dia – uns até as 20h, outros mantêm as portas abertas até as 22h.

O madrilenho costuma almoçar sem pressa e fazer um intervalo à tarde, mas não é uma regra e depende do lugar e do tipo de trabalho. A máxima vale mais para o comércio (lojas de rua, padarias, farmácias etc.), mas não atinge lojas grandes e shoppings, assim como museus e atrações turísticas em geral, nem estabelecimentos que ficam no centro. Ou seja, a siesta pouco afeta a vida dos turistas, já que em locais como Puerta del Sol e Gran Vía tudo funciona o dia inteiro.

O curioso é que a mesma loja tem horário de funcionamento diferente dependendo da região. A filial da Vodafone (empresa de telefonia) do bairro Delicias, por exemplo, fecha das 14h às 17h30 para a siesta. Já a Vodafone do Sol fica aberta sem intervalos.

Fora do centro, quase todos os locais aderem ao descanso, com exceção dos estabelecimentos comandados por estrangeiros, como os “mercados chinos” (que ficam abertos até bem mais tarde do que o comércio em geral). Logo, pensando em Madrid como um todo, sobretudo fora da zona turística, a siesta é uma realidade.

Um adendo: a Espanha demorou para transformar a siesta num negócio, mas finalmente aconteceu. Neste ano, foi inaugurado o Siesta and Go, primeiro lugar do país dedicado ao descanso durante o dia. O “siestódromo” fica no núcleo empresarial de Madrid. Você pode alugar um sofá ou um quarto inteiro por minutos ou horas. Como nem todo mundo dorme de fato na siesta, o local oferece café, jornal, livro, tablet e internet. O silêncio é absoluto; nem despertador é permitido. O cliente avisa na entrada o horário em que pretende ser acordado por um funcionário, se for o caso.

Horários:
Em Madrid, a vida só começa por volta das 9h. O almoço, que para muitos brasileiros começa ao meio-dia, em Madrid começa por volta das 14h. É até possível tomar um segundo café da manhã, ou lanche da manhã entre 11h e 12h.

Madrid janta tarde também. É possível reservar mesa em restaurante para comer às 23h numa segunda-feira. Aliás, o madrilenho sai tarde e volta tarde para casa. Os bares ficam cheios desde cedo, já que muita gente emenda o trabalho com a cerveja, mas as boates demoram para engrenar. Muitas só enchem por volta das 3h da madrugada e só abrem a partir da meia noite, 1 hora da manhã. Povo animado!

O madrileño sai todo dia, qualquer dia da semana, não importa que seja dia útil, dia de trabalho ou de aula, até mesmo numa segunda-feira.

E, outro dado curioso sobre os horários; é que, A Espanha divide o dia pelas refeições e não necessariamente pelas horas reais ou pelo Sol.
Por exemplo: Se vc for a uma estação de trem ou rodoviária comprar uma passagem e pedir para o meio dia (médio día), eles lhe darão uma passagem para as 14:00h e não para as 12:00h. O meio dia pra eles, ou seja o meio do dia é a hora do almoço lá na Espanha, que começa às 14h. E não às 12h, que seria o meio do dia, num dia de 24h, se vc for dividir o dia pelas horas.

Então, se você quiser uma passagem para o meio dia real (baseado nas horas), você deve pedir uma pasagem para las 12h.
Antes da hora do jantar, ou seja, antes das 20/21h, ainda é buenas tardes, não importa que já tenha escurecido há horas. Buenas noches é só apartir da hora do jantar em diante.
Ou seja, as horas do dia são divididas pelas refeições e não pelo Sol ou pelas horas reais do dia!

Comida:
É muito comum pedir o “menú del día” (tipo almoço executivo aqui) dos restaurantes na hora do almoço. Por um preço bem acessível, em torno de 10€ ou 15€; come-se primeiro prato e segundo prato, com bebida e sobremesa ou café incluídos. Geralmente, os restaurantes colocam chopp e taça de vinho entre as opções de bebida do menu (o que é maravilhoso).



Uma curiosidade: o prato inicial não é necessariamente uma entrada. É normal comer paella, massa ou risoto para abrir o apetite e depois seguir para algum tipo de carne, por exemplo.


O brasileiro consome muita carne bovina. Em Madrid há outras carnes no topo das preferências, como a de porco e o frango, além do pescado e frutos do mar em geral. Em Madrid se come carne de boi e vaca (há, inclusive, boas ofertas de restaurantes argentinos e pelo menos duas belas churrascarias brasileiras na cidade).

As tapas também merecem destaque no item gastronômico. Embora muitos restaurantes fechem entre almoço e jantar (das 16h às 20h), mas, inclusive nas zonas mais turísticas, há bares abertos o dia todo. Você pode matar a fome à tarde com um pedaço de tortilla ou um pão com tomate, por exemplo. Outra opção é pedir apenas uma caña (chopp na Espanha), e esperar a surpresa. As casas servem, junto com as bebidas, belisquetes (pequenas tapas) sem cobrar nada a mais (normalmente azeitonas ou batatas chips). Alguns bares oferecem porções bem generosas e elaboradas.

O madrilenho não se preocupa em sentar numa boa mesa porque não tem o hábito de ficar muito tempo no mesmo lugar. É normal passar por uns cinco bares numa única noite.

Noite madrilenha:
Aproveitar a noite madrilena é uma arte. É preciso conhecer minimamente as suas peculiaridades para conseguir aproveitar tudo o que ela oferece. São tantos detalhes que o visitante de primeira viagem fica até meio perdido...



A noite madrilena é uma criança:
Ela começa a ficar boa lá pela 1 da manhã, antes disso, as pessoas ainda estão nos bares ou até nos restaurantes jantando. E não adianta querer ir para restaurante às 19:30 porque ele com certeza ainda vai estar fechado. Um bom horário pra fazer sua reserva é 21:30. Sem reserva, chegue perto das 20:30/21:00 se não quiser esperar.

As discotecas abrem a partir das 23:00, algumas às 24:00, mas a essa hora ainda estarão bastante vazias. Em Madrid as pessoas tomam algo em casa (ou nos bares e restaurantes) antes de sair pra dançar. As baladinhas começam a ficar boas lá pelas 01:00 da manhã. Um pouco antes dessa hora ainda se pode entrar grátis na maioria delas (fica a dica).

Uma curiosidade da noite madrilena é que você vai ser abordado na rua pelos "Relações Públicas" dos bares, que vão te oferecer uma bebida, que pode ser un chupito (shot) ou cerveja de graça, só pra você entrar no lugar e ficar ali dentro um tempo, pra mostrar que o local está cheio.  Nesse clima, as pessoas vão de bar em bar, bebendo um chupito, às vezes até dois em cada bar e acabam, muitas vezes até tomando um porre sem gastar nem 1€ sequer!

Isso se chama “ronda de bares” (ou “ronda de chupitos”, que são os shots de bebidas) Mas a partir da meia-noite e meia os bares param com esse oba-oba e passam a cobrar entrada, o que, geralmente, inclui uma bebida grátis (copa libre).

Sair para beber lá, significa Salir de Copas. E sair para tapas, para beliscar, significa Salir de Tapas.



Água da torneira:
Em Madrid a água é potável e considerada a melhor do país. Costuma-se tomar diretamente da torneira (grifo em espanhol) nas casas e até nos estabelecimentos. Se você pedir uma água, é possível que escute como resposta: “mineral o de grifo?”. Se preferir, peça apenas um copo de água da torneira nos bares e restaurantes (basta dizer “un vaso de agua”).

Também é possível tomar água nas ruas. A prefeitura de Madrid anunciou que vai instalar 284 novas fontes de água potável pela cidade até final de 2.019, a maioria no centro. As fontes terão um novo desenho e virão com um aviso “bebe aquí agua de Madrid”. Atualmente, são 1.625 fontes de água potável pelas ruas. Como o clima de Madrid é muito seco e a temperatura é alta no verão, aproveite a qualidade da água e abuse.

Estações definidas:
As estações do ano são definidas e (mais ou menos) previsíveis. Aliás, se você tem dúvida de quando ir, escolha a primavera ou o outono sem hesitar. O inverno é frio para o padrão brasileiro, embora seja mais ameno do que o de boa parte das cidades européias. São raros os dias com temperatura abaixo de zero.

Já o calor é sofrido. O clima é seco e você, às vezes, se sente no deserto durante o verão, principalmente em julho e agosto. A vantagem é que os dias ficam mais longos e não faltam terrazas (terraços de bares e restaurantes) para matar a sede. Em Madrid, a temperatura costuma subir ao longo da tarde, para descer de novo a partir de umas 21h. Ou seja, faz mais calor às 18h do que ao meio-dia, por exemplo. Um fato curioso é que, apesar das estações definidas, o tempo dá umas surtadas quando menos se espera. Mas, no geral, existe um padrão de temperatura nas quatro estações e você não vai ter muita dificuldade na hora de fazer as malas para visitar Madrid. Uma observação: não sei se por causa do clima seco, mas o fato é que a temperatura e a sensação térmica por aqui costumam ser equivalentes.

Céu muito azul:
Embora ganhe um colorido lindo durante o pôr do sol, o céu de Madrid é quase sempre azul. Muito azul. E esse azul fica ainda mais intenso no inverno. Você vai passar um friozinho, com temperaturas em torno de 5 a 12 graus durante o dia, mas não se preocupe com chuvas recorrentes nem céu feio neste período. Um dia clássico de inverno em Madrid tem sol, céu azul e muitos casacos..

Calefação x ar-condicionado
Notei que praticamente todo estabelecimento em Madrid tem calefação (e sempre forte). Você é capaz de morrer de calor dentro dos lugares, apesar do frio externo. Assim que entra em algum lugar, tem que tirar sobretudo e casacos o mais rápido possível, se não, já começa a suar. As casas também tem, via de regra, uma calefação forte. Ou seja, durante o inverno, você só vai bater queixo na rua. E vai ter que conviver com o vai e vem de frio (na rua) e calor (nos estabelecimentos e, principalmente, no metrô).
Já apartamento com ar-condicionado não é tão comum; hoje em dia, muitos têm, mas não é regra como a calefação.

A impressão é que, o madrilenho reclama do calor, mas gosta. Os bares e restaurantes têm ar, só que o aparelho costuma ficar numa temperatura fraca e nem sempre alivia o calorão. Assim como os cinemas. Mas aí, pode até ser uma vantagem, desde que não se passe calor; já que, no Brasil, a gente às vezes fica até doente com o choque térmico. A situação nas academias é mais dramática durante o verão. O ar é quase imperceptível e fica muito quente, algo próximo do inferno.

Menção honrosa: o ar-condicionado dos ônibus funciona maravilhosamente bem no verão. Muita gente abre mão do metrô pelo ônibus neste período.

Verão sem praia, mas ao ar livre:
Ninguém parece se assustar com as altas temperaturas do verão, nem fugir do sol (lembrando que lá não tem praia). As terrazas são as protagonistas quando faz calor em Madrid – algumas do lado de fora dos estabelecimentos e outras na cobertura dos bares, que eles chamam de azotea. Os parques e piscinas públicas também costumam ficar lotados nesta época.

Por outro lado, os bares sem terraza, costumam ficar vazios neste período, já que em Madrid ninguém quer saber de lugar fechado durante o verão. Mesmo quando a temperatura passa dos 40 graus. Basicamente todos os eventos da estação mais quente são ao ar livre: as festas, os shows, os festivais de cinema, os mercados, os parques, as "fontes ou jorros de água" do parque Madrid Rio, que eles chamam de "praia"; os clubes, as piscinas públicas e etc.


Clima - Mês a Mês:
Melhor época Madrid: os melhores meses para viajar para a capital da Espanha são os meses da primavera (abril, maio e junho) e alguns do outono (setembro e outubro).

Altitude: o Centro de Madrid fica a 667 metros de altitude. Para efeitos de comparação São Paulo está a 760 metros.

Arredores: se você vai explorar o entorno de Madrid fique atento com Segóvia e Ávila. Elas estão numa altitude maior e possuem um clima mais frio do que Madrid. No inverno Segóvia e principalmente Ávila são bem frias. A cidade de Toledo possui uma altitude e temperaturas similares à Madrid.

Temperatura e chuva em Madrid:
Imprevisível: como os eventos climáticos são variáveis, não há a mínima garantia que seguirão esse padrão na época da sua viagem.

Chuva: Madrid não tem um grande volume de chuva ao longo do ano. No mês mais chuvoso a média histórica não passa dos 60 mm. Em São Paulo, por exemplo, no mês mais chuvoso a média é superior à 200 mm. Há capitais e grandes cidades brasileiras com índices superiores a 300 e 400 mm no mês mais chuvoso, quase o que chove no ano todo em Madrid.

Chuva fraca: as tempestades ou pancadas volumosas de chuva não são tão comuns como em grande parte do Brasil. Assim como raios e trovões. Em Madrid são mais comuns as chuvas fracas ou garoas.

Madrid no inverno: 
Inverno em Madrid (final de dezembro ao final de março): o inverno em Madrid é mais intenso do que no Brasil, mas é menos rigoroso do que em muitos destinos europeus.

Temperatura: a temperatura mínima média não chega a 0ºC, embora haja períodos com ondas de frio que deixam a temperatura negativa por algumas noites seguidas. A temperatura máxima média fica na casa dos 10ºC. Na média histórica o mês mais frio em Madrid é janeiro, seguido de dezembro e fevereiro. Em Março a temperatura já sobe um pouco.

Neve: na cidade de Madrid costuma nevar pouco, geralmente não mais do que 3 ou 4 dias por ano. Na Serra de Guadarrama, no entorno de Madrid, você pode ter contato com a neve nos meses de inverno (há estações de esqui).

Chuva: o volume não é grande, mas em alguns dias pode haver chuvas fracas ou garoas constantes.

Duração dos dias: quanto mais próximo do início do inverno mais curtos são os dias e longas são as noites. No mês de dezembro (o mês com os dias mais curtos) amanhece por volta das 08:30 e anoitece por volta das 17:30. A maioria das atrações costumam fechar mais cedo.

Baixa temporada: o inverno é um período de baixa temporada. É uma época boa para economizar (os hotéis são mais baratos) e não perder tempo com filas (as atrações ficam mais vazias).

Decoração natalina: no mês de dezembro você vai pegar a decoração natalina que deixa a cidade bem mais bonita e iluminada.

Réveillon: a comemoração tradicional acontece na Puerta del Sol. Apesar do frio muitos madrilenhos e turistas saem nas ruas para comemorar.

Vale a pena ir para Madrid no inverno? Se você gosta de um friozinho dá para ir tranquilo. Dificilmente você encontrará temperaturas muito abaixo do 0ºC (como nos muitos destinos congelantes do norte europeu).

Madrid na primavera
Primavera em Madrid (final de março ao final de junho): na minha opinião é a melhor época para visitar Madrid. A temperatura fica mais quente e a cidade mais alegre.

Flores: nessa época Madrid fica muito bonita e florida. Um passeio ao Parque do Retiro é imperdível.

Temperatura: no final de março e começo de abril a temperatura ainda está amena (pode ter uns dias bem friozinhos). Em junho a temperatura está bem mais quente e pode ultrapassar os 30ºC de máxima em alguns dias.

Chuva: em abril e maio chove um pouco mais do que no inverno, mas dificilmente isso vai prejudicar a sua viagem. A não ser que você pegue longos períodos de chuva fraca (o que eventualmente pode acontecer).

Duração dos dias: o final da primavera/começo do verão (por volta de 20 de junho) é a época do ano com os dias mais longos. No mês de junho amanhece antes das 07:00 e escurece quase às 22:00. Dá para aproveitar bem o dia. O estranho é sair para jantar com sol. A partir de março ou abril a maioria das atrações ficam abertas até mais tarde (permanecendo assim até outubro ou novembro).

Temporada: a primavera é uma época de temporada média, exceto na Semana Santa quando muitos espanhóis emendam a semana inteira. No final de junho o movimento de turistas já está bem maior. O dia 15 de maio, dia do padroeiro San Isidro, é um feriado importante em Madrid. Fique atento com o feriado de 1º maio, Dia do Trabalho, quando muitas atrações não abrem.

Vale a pena ir para Madrid na primavera? Sim, com certeza. É uma época excelente, quando o frio do inverno já foi embora e ainda não chegou o calor intenso do verão. Os dias são mais longos e a cidade está mais florida e alegre. As praças ficam mais cheias, bem como os terraços dos bares.

Melhor época para visitar Madrid: na minha opinião, entre meados de abril e meados de junho é a melhor época para visitar Madrid.

Madrid no verão

Verão em Madrid (final de junho ao final de setembro): você tem que ficar atento ao verão em Madrid.

Calor, muito calor: o verão é extremamente quente em Madrid. Frequentemente a temperatura passa dos 35ºC. Com o sol se pondo bem tarde (entre 21:00 e 22:00), o clima é bem sufocante ao longo do dia. O período da tarde não é estimulante para roteiros a pé pela cidade. Não se esqueça do protetor solar. Reservar um hotel com ar-condicionado no quarto é essencial. O auge do calor são os meses de julho e agosto.

Clima seco: o verão é o período do ano com menos chuva, deixando o clima extremamente seco em Madrid. Uma boa hidratação é fundamental. Cremes hidratantes e protetores labiais são recomendados.

Temporada: julho e principalmente agosto são períodos de altíssima temporada (férias de verão no hemisfério norte). O número de turistas em Madrid é bem maior, inflacionando os preços de hotéis e lotando as principais atrações. Por outro lado muitos madrilenhos saem de férias deixando a cidade mais vazia de locais. Nesse período (principalmente agosto) é comum alguns restaurantes e pequenos comércios fecharem as portas e ficarem algumas semanas de férias.

Vale a pena ir para Madrid no verão? Eu considero julho e agosto meses não muito bons. É muito quente, há muita gente, os preços são mais caros, mais filas nas atrações, etc. Se puder vá em junho ou setembro, meses em que a temperatura está mais agradável e o número de turistas é menor.

Madrid no outono
Outono em Madrid (final de setembro ao final de dezembro): é uma época bastante agradável para Madrid. A temperatura está amena, o número de turistas é menor e a cidade ganha as lindas cores dessa estação.

Decoração natalina: no mês de dezembro a cidade ganha um novo visual com a decoração natalina.

Temperatura: no final de setembro e outubro ainda está agradável, com o frio chegando mais forte em novembro e se intensificando em dezembro (historicamente o segundo mês mais frio do ano).

Chuva: o outono é o período mais chuvoso do ano, mas isso não é um grande problema, já que o índice de chuva em Madrid é baixo. A não ser que você pegue longos períodos de chuva fraca (o que eventualmente pode acontecer).

Duração do dia: com o passar do outono as noites vão sendo cada vez mais longas. O final do outono (na mudança para o inverno) é a época do ano com os dias mais curtos e noites mais longas. No mês de dezembro (o mês com os dias mais curtos) amanhece por volta das 08:30 e anoitece por volta das 17:30. A partir de outubro ou novembro a maioria das atrações fecham mais cedo (permanecendo assim até março ou abril).

Temporada: o outono é um período de baixa temporada, com preços mais baratos e menos turistas nas atrações.

Vale a pena ir para Madrid no outono? Sim, junto com a primavera é uma das melhores épocas para Madrid. O final de setembro e outubro são excelentes, com temperaturas amenas e menos turistas.

A minha experiência: eu fui em janeiro e fiquei até princípio de março (inverno total) e adorei. Os restaurantes estavam menos disputados e as atrações sem filas. Vale ressaltar que eu adoro um friozinho...

Já para mudar, acho que seria melhor fazer a mudança na primavera ou outono. Assim se evita grandes choques iniciais e alguns problemas. Indo na primavera ou no outono, você consegue se aclimatar e se adaptar com mais facilidade, dando tempo para que você se prepare para o verão ou inverno,  com ar condicionado e calefação,  além de roupas, trajetos e costumes para tirar o melhor proveito de cada estação do ano.